Conservador, Graças a Deus! Minha formação conservadora com base nos valores universais de liberdade, igualdade, cidadania, família, pátria, patriotismo, aplicação da lei igual para todos me ajuda a refletir o momento vivido pelo Brasil. Os EUA nos dão exemplo de democracia e liberdade. Precisamos dessa força externa para enfrentar grupos políticos aliados a ditaduras e terrorismo internacional. Não foi pra isso que votamos. Não foi pra isso que elegemos um Congresso comprometido em grande parte com os desmandos e com a corrupção generalizada. Ainda temos uma esperança: a força externa de uma nação democrática como os EUA e a força do nosso povo que precisa acordar, tomar as rédeas do poder pelo voto e reconstruir uma grande nação como o Brasil, acorrentada pela incompetência, pela corrupção indiscriminada e pela vergonha causada pela ação dos seus dirigentes. Os brasileiros cidadãos e cidadãs precisamos resgatar suas origens e lutar contra os que tentam nos escravizar. Nosso repúdio a tudo isso que está acontecendo no Brasil. Os que votaram nesse desastre precisam refletir e corrigir o erro. Precisamos enfrentar essa monarquia absolutista e regatar a República.
Ribamar Tôrres
A proposta de criação deste blog objetiva a abertura de um novo espaço de discussão das políticas públicas de educação e suas relações econômicas, políticas, sociais e culturais. The proposal to create this blog aims to open a new space for discussion of public education policies and their economic, political, social and cultural relations.
quinta-feira, 31 de julho de 2025
Conservative, Thank God! My conservative upbringing, based on the universal values of freedom, equality, citizenship, family, country, patriotism, and equal application of the law for all, helps me reflect on the current situation in Brazil. The United States sets an example of democracy and freedom. We need this external force to confront political groups allied with dictatorships and international terrorism. That's not what we voted for. That's not why we elected a Congress largely committed to abuses of power and widespread corruption. We still have hope: the external force of a democratic nation like the United States and the strength of our people who need to wake up, take the reins of power through their votes, and rebuild a great nation like Brazil, shackled by incompetence, indiscriminate corruption, and the shame caused by the actions of its leaders. We, Brazilian citizens, need to reclaim our roots and fight against those who try to enslave us. We repudiate everything that is happening in Brazil. Those who voted for this disaster need to reflect and correct their mistake. We need to confront this absolute monarchy and rescue the Republic.
domingo, 20 de julho de 2025
A PEDAGOGIA DO PAPAGAIO: UMA CRÍTICA À APRENDIZAGEM POR REPETIÇÃO PARROT PEDAGOGY: A CRITICISM OF LEARNING BY REPETITION Prof. José Ribamar Tôrres Rodrigues Doutor em Educação pela USP Mestre em Educação pela PUC/SP Estágio em Formação de Professores no IUFM de DOUAI/ França Estágio em formação de Professores em CUBA Ex-Membro do Conselho Estadual de Educação/PI Ex-Coordenador do Fórum Estadual de Educação Ex-Membro do Banco de Avaliadores do MEC/INEP José Ribamar Tôrres Rodrigues PhD in Education from USP Master in Education from PUC / SP Internship in Teacher Training in the IUFM of DOUAI / France Stage for Teacher training in Cuba Former member of the State Board of Education / PI Former Coordinator of the State Education Forum Ex-Member of Appraisers Bank MEC / INEP Resumo Este artigo tem como objetivo problematizar a prática pedagógica baseada na repetição mecânica de conteúdos, aqui denominada "pedagogia do papagaio". A crítica parte da constatação de que métodos de ensino centrados na memorização sem compreensão promovem uma aprendizagem superficial e descontextualizada. Em contraponto, são apresentados fundamentos teóricos que defendem abordagens mais críticas, ativas e significativas, como as propostas por Paulo Freire, Vygotsky e Piaget. A partir da análise crítica do modelo repetitivo, o texto defende a necessidade de uma pedagogia emancipadora, voltada ao desenvolvimento do pensamento autônomo e da compreensão contextualizada do conhecimento. Palavras-chave: aprendizagem significativa. pedagogia crítica. repetição mecânica. ensino tradicional. autonomia. Abstract This article aims to problematize the pedagogical practice based on the mechanical repetition of content, herein referred to as "parrot pedagogy." The critique stems from the observation that teaching methods centered on memorization without understanding promote superficial and decontextualized learning. In contrast, theoretical foundations are presented that advocate for more critical, active, and meaningful approaches, such as those proposed by Paulo Freire, Vygotsky, and Piaget. Based on a critical analysis of the repetitive model, the text argues for the need for an emancipatory pedagogy focused on the development of autonomous thinking and contextualized understanding of knowledge. Keywords: meaningful learning; critical pedagogy; rote repetition; traditional teaching; autonomy. Résumé Cet article vise à problématiser la pratique pédagogique fondée sur la répétition mécanique de contenus, appelée ici « pédagogie du perroquet ». La critique part du constat que les méthodes d'enseignement centrées sur la mémorisation sans compréhension favorisent un apprentissage superficiel et décontextualisé. À l'inverse, des fondements théoriques sont présentés qui prônent des approches plus critiques, actives et significatives, telles que celles proposées par Paulo Freire, Vygotsky et Piaget. S'appuyant sur une analyse critique du modèle répétitif, le texte défend la nécessité d'une pédagogie émancipatrice axée sur le développement d'une pensée autonome et d'une compréhension contextualisée des connaissances. Mots-clés : apprentissage significatif ; pédagogie critique ; répétition par cœur ; enseignement traditionnel ; autonomie. Resumen Este artículo busca problematizar la práctica pedagógica basada en la repetición mecánica de contenidos, denominada aquí "pedagogía del loro". La crítica parte de la observación de que los métodos de enseñanza centrados en la memorización sin comprensión promueven un aprendizaje superficial y descontextualizado. En contraste, se presentan fundamentos teóricos que abogan por enfoques más críticos, activos y significativos, como los propuestos por Paulo Freire, Vygotsky y Piaget. A partir de un análisis crítico del modelo repetitivo, el texto argumenta la necesidad de una pedagogía emancipadora centrada en el desarrollo del pensamiento autónomo y la comprensión contextualizada del conocimiento. Palabras clave: aprendizaje significativo; pedagogía crítica; repetición memorística; enseñanza tradicional; autonomía. Sommario Questo articolo si propone di problematizzare la pratica pedagogica basata sulla ripetizione meccanica dei contenuti, qui definita "pedagogia del pappagallo". La critica nasce dall'osservazione che i metodi di insegnamento incentrati sulla memorizzazione senza comprensione promuovono un apprendimento superficiale e decontestualizzato. Al contrario, vengono presentati fondamenti teorici che promuovono approcci più critici, attivi e significativi, come quelli proposti da Paulo Freire, Vygotskij e Piaget. Basandosi su un'analisi critica del modello ripetitivo, il testo sostiene la necessità di una pedagogia emancipatoria incentrata sullo sviluppo del pensiero autonomo e sulla comprensione contestualizzata della conoscenza. Parole chiave: apprendimento significativo; pedagogia critica; ripetizione meccanica; insegnamento tradizionale; autonomia. Zusammenfassung Dieser Artikel problematisiert die auf mechanischer Wiederholung von Inhalten basierende pädagogische Praxis, die hier als „Papageienpädagogik“ bezeichnet wird. Die Kritik basiert auf der Beobachtung, dass Lehrmethoden, die auf Auswendiglernen ohne Verständnis basieren, oberflächliches und dekontextualisiertes Lernen fördern. Demgegenüber werden theoretische Grundlagen vorgestellt, die für kritischere, aktivere und sinnvollere Ansätze plädieren, wie sie beispielsweise von Paulo Freire, Wygotski und Piaget vorgeschlagen wurden. Basierend auf einer kritischen Analyse des repetitiven Modells argumentiert der Text für die Notwendigkeit einer emanzipatorischen Pädagogik, die sich auf die Entwicklung autonomen Denkens und eines kontextualisierten Wissensverständnisses konzentriert. Schlüsselwörter: sinnvolles Lernen; kritische Pädagogik; mechanische Wiederholung; traditioneller Unterricht; Autonomie. Аннотация Цель данной статьи – проблематизировать педагогическую практику, основанную на механическом повторении содержания, именуемую здесь «педагогикой попугая». Критика основана на наблюдении, что методы обучения, ориентированные на заучивание без понимания, способствуют поверхностному и деконтекстуализированному обучению. В противоположность этому, представлены теоретические основы, поддерживающие более критические, активные и содержательные подходы, такие как предложенные Пауло Фрейре, Выготским и Пиаже. Основываясь на критическом анализе модели повторения, авторы обосновывают необходимость эмансипационной педагогики, ориентированной на развитие автономного мышления и контекстуализированного понимания знаний. Ключевые слова: осмысленное обучение; критическая педагогика; механическое повторение; традиционное обучение; автономия. Annotatsiya Tsel' dannoy stat'i – problematizirovat' pedagogicheskuyu praktiku, osnovannuyu na mekhanicheskom povtorenii soderzhaniya, imenuyemuyu zdes' «pedagogikoy popugaya». Kritika osnovana na nablyudenii, chto metody obucheniya, oriyentirovannyye na zauchivaniye bez ponimaniya, sposobstvuyut poverkhnostnomu i dekontekstualizirovannomu obucheniyu. V protivopolozhnost' etomu, predstavleny teoreticheskiye osnovy, podderzhivayushchiye boleye kriticheskiye, aktivnyye i soderzhatel'nyye podkhody, takiye kak predlozhennyye Paulo Freyre, Vygotskim i Piazhe. Osnovyvayas' na kriticheskom analize modeli povtoreniya, avtory obosnovyvayut neobkhodimost' emansipatsionnoy pedagogiki, oriyentirovannoy na razvitiye avtonomnogo myshleniya i kontekstualizirovannogo ponimaniya znaniy. Klyuchevyye slova: osmyslennoye obucheniye; kriticheskaya pedagogika; mekhanicheskoye povtoreniye; traditsionnoye obucheniye; avtonomiya. A educação, em sua essência, deveria promover o desenvolvimento integral do sujeito, ampliando sua capacidade de interpretar, transformar e intervir na realidade. No entanto, ainda são comuns práticas de ensino baseadas na simples repetição de informações, onde o aluno é tratado como um receptáculo passivo de conteúdo. Essa prática, aqui chamada de "pedagogia do papagaio", representa um modelo obsoleto que reduz o processo educativo a uma tarefa de memorização e reprodução, desconsiderando a construção ativa do conhecimento. No entanto, não deve ser descartado no seu todo, uma vez que é uma das etapas iniciais do processo de ensino e aprendizagem e, portanto, não é razoável que alguns possam ignora-lo e negar o conhecimento. O que não é plausível é que profissionais desconheçam isso e passem a adotar, cegamente, discursos, significados e crenças sem que haja qualquer análise crítica. O que não é plausível é que alguns profissionais da educação embarquem nesses discursos positivistas que disseminam uma ideia como se ela fosse a única verdade e mais grave, ainda, que esses discursos, verdadeiras superstições pedagógicas, passem a ser seguidos e incorporados em suas práticas docentes. Nesse processo mecânico, acomoda-se a aprendizagem por repetição com características limitantes da criatividade, do pensamento crítico e da produção do conhecimento. A aprendizagem por repetição caracteriza-se pelo uso recorrente de métodos que priorizam a memorização literal de conteúdos, fórmulas e definições. Embora possa ser útil em momentos específicos — como no aprendizado de idiomas ou fórmulas matemáticas básicas — seu uso indiscriminado compromete a profundidade da aprendizagem. Entre os principais problemas desse modelo estão: A superficialidade na compreensão dos conceitos, a dificuldade de aplicar o conhecimento em contextos novos, a falta de estímulo ao pensamento crítico e criativo, o desinteresse e a desmotivação dos estudantes. Como bem advertiu Paulo Freire (1996), esse modelo se alinha à "educação bancária", na qual o professor deposita conhecimentos no aluno, que os devolve mecanicamente em avaliações padronizadas. Historicamente, o modelo tradicional e a cultura do “decoreba” no ensino valorizou a figura do professor como detentor do saber e o aluno como sujeito passivo. Esse modelo incentivou a cultura do "decoreba", em que o sucesso escolar se media pela capacidade de recitar datas, conceitos e fórmulas sem compreender seus significados ou relações. Esse tipo de pedagogia compromete o desenvolvimento do raciocínio, da criatividade e da autonomia intelectual. Quando o estudante é treinado apenas para repetir, ele se torna incapaz de questionar, refletir ou propor soluções novas — habilidades essenciais no mundo contemporâneo. A perspectivas críticas do processo de construção significativa do conhecimento são fundamentos do trabalho de vários autores dentre outros, Jean Piaget, Lev Vygotsky e Paulo Freire que apontam para um modelo de ensino que valoriza a construção ativa do conhecimento. Para Piaget (1975), aprender é um processo de assimilação e acomodação de novas informações, o que exige interação com o objeto do conhecimento. Vygotsky (1984), por sua vez, destaca a importância das interações sociais no processo de aprendizagem, ressaltando a zona de desenvolvimento proximal (ZDP). Já Freire propõe uma educação libertadora, em que o conhecimento é construído em diálogo com a realidade vivida pelo aluno. Quando o aluno, apenas, repete o que o professor diz, sem compreender de verdade temos uma prática de ensino focado no decoreba, onde o aluno memoriza, mas não entende. O nome vem da ideia do "papagaio", que repete palavras sem saber o que significam. Esta prática produz uma aprendizagem superficial, desmotivadora, sem criatividade e ignora o desenvolvimento e aprimoramento de habilidades e competências não somente teóricas ou práticas pré-determinadas, mas também contextualizados e ressignificados através de processos culturais da vida cotidiana. Além disso, impede ao aluno de, em diferentes situações, aplicar estes conhecimentos com resultados positivos, uma vez que tende a repetir padrões de práticas, indiferentes às características específicas de diferentes eventos ou fatos. Essa prática que chamamos de “Pedagogia do Papagaio” Tem origem na Pedagogia Tradicional que vem atravessando séculos e comprometendo as Pedagogias chamadas modernas (ATIVAS) enquanto teorias de aprendizagem disseminadas no meio educacional e, ainda, não capazes de mudar a prática do professor nem no Ensino Básico e tão pouco no Ensino Superior. Chamamos atenção sobre as análises da chamada Pedagogia Tradicional como se ela fosse uma prática inaceitável no processo de ensino e aprendizagem. É preciso entender que a Pedagogia alcunhada de tradicional tem seu valor em determinadas situações e que esta abordagem foi construída num determinado contexto, com significados específicos de um momento histórico-cultural e, portanto, legitimada científica e socialmente, não sendo possível que os apressados e inconsequentes possam fazer uma abordagem isolada utilizando referenciais do mundo moderno. Ainda persistem as superstições pedagógicas, caracterizadas por crenças de que o professor é o único conhecedor da ciência e, portanto o único mediador do processo de aprendizagem, colocando o aluno na posição de consumidor, submetido à exigência de ter que adivinhar as respostas das questões de avaliações: verdadeiras “pegadinhas” onde só o professor tem as senhas das respostas chamadas gabarito. Nesse caso, considera-se que o aluno aprendeu quando acerta as respostas e repete estes conteúdos quando exigidos nas tarefas e nas inquisições do professor de acordo com o ensinado no livro adotado. Mas aprender não é repetir padrões, mas superar a repetição pela crítica, pela produção de conhecimentos, pela aplicação na solução de diferentes desafios e pela compreensão de novos significados. Nesse sentido, as contribuições da ciência são as mais variadas e de diferentes áreas de conhecimento para explicar o processo de ensino e aprendizagem. Dentre outros, podemos citar Jean Piaget que defende que a aprendizagem se dá a partir de experiências do sujeito em um determinado contexto cultural. Já Vygotsky enfatiza que se aprende melhor em um processo de construção coletiva e Paulo Freire ensina que a aprendizagem é um processo dialógico com o mundo onde o aluno é o centro. A prática do professor favorece uma aprendizagem significativa quando desafia o aluno através de problemas, questões, fatos, casos reais que exigem do aluno a reflexão, a dúvida, a criatividade, a pesquisa e os processos interativos como debates, desenvolvimento de projetos, articulação com outras áreas de conhecimento no foco interdisciplinar e instrumentos culturais como arte, literatura, literatura de cordel, teatro e trabalhos fora da sala de aula. A ferramenta do processo de produção do conhecimento é a dúvida que deve ser, também, construída nas relações professor, aluno, contexto social e recursos disponíveis para compreensão da realidade não só a realidade percebida a olho nu, mas também a realidade oculta, desvelada pela reflexão crítica coletiva. Considerações Finais O que se poderia dizer, preliminarmente, é que a “Pedagogia do Papagaio” não favorece o desenvolvimento integral do aluno, nem tão pouco o desenvolvimento do raciocínio crítico. É possível dizer que a superação da “Pedagogia do Papagaio” pode se dar pela Pedagogia da descoberta, não com base em outra superstição pedagógica que faz todos acreditarem que o aluno sozinho é protagonista da construção do conhecimento e o professor é, apenas, um coadjuvante, o que negamos absolutamente. A nossa posição é a de que professor, alunos e contexto social são os protagonistas do processo de ensino e aprendizagem numa dinâmica de alternância de protagonismos em diferentes situações de aprendizagem. A "pedagogia do papagaio" ainda persiste, na abordagem positivista, em muitos contextos educacionais e práticas docente, sustentada por metodologias tradicionais e por sistemas de avaliação que premiam a memorização em detrimento da compreensão. É necessário romper com essa lógica e promover práticas pedagógicas que valorizem o pensamento crítico, a criatividade e a construção de sentidos. Com relação a essas práticas de “aprendizagem decoreba”, muitas instituições de ensino superior mascaram esse processo com um discurso de metodologias ativas quando os docentes seguem as rotinas de ensino contraditórias, executando procedimentos mecânicos de aprendizagem, programando os alunos para responderem questões-padrão de repetição. Os Novos contextos histórico-culturais, ao longo da evolução das relações sociais incorporaram novas abordagens de ensino e aprendizagem que não anulam a chamada pedagogia tradicional, mas a aperfeiçoa e lhe dá novos elementos para responder as exigências dessa nova realidade histórico-social da nomeada sociedade do conhecimento, caracterizada pela virtualidade, pelo relativismo e pela complexidade, dentre outras: o uso de tecnologias digitais e plataformas interativas com ambientes virtuais de aprendizagem, a realidade virtual e a realidade aumentada e a “inteligência” artificial”. Destacam-se nesse cenário, ainda, a internacionalização de currículos acadêmicos e aulas bilíngues. No bojo dessas inovações, enfatizam-se a aprendizagem colaborativa, interdisciplinar, a flexibilização curricular, microcertificações, dupla certificação em contextos bilingues diferentes, possibilidade do aluno escolher disciplinas de seu interesse e formação por competência e não por conteúdo. Nesse sentido, sugerimos, ainda, espaço acadêmico para que qualquer pessoa possa propor outras atividades ou disciplinas de interesse pessoal e profissional, paralelamente ao currículo universitário ou, apenas, requer cursos ou disciplinas sem vinculação de titulação formal ou cursar determinadas disciplinas isoladas do currículo universitário formal com certificação de caráter de extensão universitária. Não menos importante, o processo de formação profissional universitário deve propor uma integração com a realidade profissional e social, através da extensão e desenvolvimento de projetos, Estágios supervisionados, empresas juniores, incubadoras e laboratórios de inovação que favoreçam uma formação profissional diferenciada dos alunos. O que propomos no sentido inovador é estender a simples preocupação acadêmica de somente atentar para a formação profissional para atender, estritamente, às exigências do chamado mercado. É preciso enfatizar a necessidade urgente de que as atividades de extensão curricular nas comunidades formem grupos de comunitários líderes que possam dar continuidade aos projetos lá desenvolvidos onde a universidade possa assumir a posição de apoio e acompanhamento permanente como mecanismo de elevação dos níveis de vida da população alvo. A ideia é não realizar projetos isolados que findam com o término da atividade acadêmica, impedindo que os conhecimentos produzidos com a participação de comunidades, transformadas em objetos ou laboratórios possam, também, participar dos resultados e utiliza-los como ferramentas para transformação de vidas num processo dialético universidade-comunidade-universidade. Por fim, é preciso superar a contradição entre discurso e prática acadêmica interna e externamente. Quer dizer, no âmbito interno da academia, entre o discurso da inovação e a continuidade de processos de avaliação altamente tradicionais e formais. Tais processos devam ser diversificados e medidos em diversas escalas que não somente de produto, mas também de processo; não somente escrito, mas também construído, expresso e aplicado. No âmbito externo, a aferição e registros de avanços individuais e sociais cujos resultados possam subsidiar o aperfeiçoamento não somente de currículos acadêmicos, mas de aplicação e transformação do contexto histórico local e Regional. A superação da aprendizagem por repetição requer mudanças profundas nas concepções de ensino e aprendizagem, bem como na formação continuada de docentes e no aprimoramento dos instrumentos de avaliação e no domínio de processos tecnológicos por todos os envolvidos, principalmente os docentes. Somente, assim, será possível formar sujeitos autônomos, conscientes e capazes de transformar, coletivamente, o mundo em que vivem. Referências FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 50. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2021. PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. RODRIGUES.J.R.T.A Prática Docente e a Construção de Saberes Pedagógicos. São Paulo:USP,Tese Doutorado, 2001. ___________.J.R.T. Metodologias Ativas: A sala de Aula Ampliada. In: SOUSA. Carla Figueira de. Et alii. Múltiplas Miradas Sobre Educação. Rio de Janeiro: Autobiografia, 2020. VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
On May 14, 2022, we published the following reflection on this blog: Monday, May 14, 2012 IDEAS OF CITIZENSHIP IN TIMES OF TURNING The turbulent times we live in lead us to reflect on our role in this process of choosing political representation, which ultimately decides for us and largely determines the secondary status of citizenship in the struggle for the interests of various social groups. We also offer our place in legitimizing or advancing the socioeconomic and political contexts in which we live. Since we are currently preparing to elect regional representatives, we offer a first approach to discussing this topic, which will define another stage of our future as citizens.Education, Citizenship, and Voting. The educational process, the exercise of citizenship, and the political participation of citizens are inseparable. Education and citizenship embody an emancipatory and libertarian character regarding the conditions for the expansion of human rights. The political and social equality of citizens is based on education for democracy against the "hijacking" of rights, speech, and participation. Words are the great "magic wand" in the exercise of citizenship. Since they serve two masters, citizen education is crucial in wielding this weapon: argumentation, which instructs citizens in distinction, comparison, analysis, and choice. Words anesthetize, infuriate, excite, condemn and absolve, silence and ennoble, deny and command, dominate and liberate. In this sense, Stuart Mill states in the book “Considerations on Representative Government” (p.80-1) that: “... the only way to suppress the instincts of the democratic majority is through the educated minority, but as democracies are normally constituted this minority has no organ through which to channel its influence...” Education seems fundamental to the exercise of citizenship and the realization of human rights, not only because it equips citizens for social struggle, but also because it makes them socializable and, most importantly, because it empowers them to direct and control power. Education itself is a factor in inequality because it determines and is determined by social and economic differences. Today, information seems to be the primary "currency" of social exchanges and access to social codes. Education, in itself, does not magically promote equality, but it is an essential part of the change that can be wrought in citizens through political and social participation. Considering that democracy is based on popular sovereignty, citizens are also government and must exercise this power through the democratic practice of participating in the public discussion of collective interests. The flaws arising from democratic practice are linked to each culture's form of political organization. In Brazil, the representative system blends with direct democracy mechanisms such as plebiscites, referendums, and popular initiatives. In this process, the more incipient a citizen's political education is, the more they are at the mercy of leaders who legitimize themselves more through populist, clientelist processes of moral, religious, and economic appeal than through a commitment to fostering collective consciousness. The issue of citizen participation has been a subject of discussion from the Greeks to more recent authors such as Rousseau, Montesquieu, Stuart Mill, Bobbio, and Maria Vitória Benevides, author of the book "Active Citizenship." Political representation presupposes two essential aspects: how one represents others and what one represents. Representation implies the delegation of power. The gap between what is proclaimed and practice has sparked discussion about fiduciary representation, which means a free mandate whereby citizens give their representatives "carte blanche" through their vote, and representation based on mandatory mandates, in which the mandate belongs to the party, not the candidate, and is tied to the interests of those represented. The latter has not been possible in Brazil due to its incompatibility with our monarchical practice, a veneer of democracy where parties suffer an identity crisis. In this sense, legally constituted representatives represent groups in power and not the people, leaving the latter vulnerable to abuse of economic power. To the same extent that voters feel disconnected from their political representation and party ideology, they are also disconnected from their class representation. Representative leadership, in some cases, defends a party program to the detriment of class interests when its members represent a spectrum of ideologies. Consequently, some class entities are vulnerable to pressures from power. It is essential to open mechanisms for popular participation, free from manipulation, partisanship, and corporatism, for the democratic discourse to be realized. It is not enough to recognize human rights; they must be respected, promoted, and protected. The current political phenomenon seems to reprise the most retrograde populist tactics in a new version, more intelligent and strategic than those of the 1930s and 1960s. Republican practices are in reality replaced by old monarchical customs in the most bizarre versions, such as L'Etat C'est moi (It's My State), the perks granted to certain interest groups, regardless of the Law that establishes equal rights and, more broadly, the Social Contract. Party political practice argues to convince democratic and ethical deviations that it is not an oligarchy because, in reality, representatives were elected by popular vote. Thus, the implicit discourse of responsibility transfer is maintained, where, for these people, if there is a mistake, the people are to blame, since they ratified the choice of their representative with their vote. What is not discussed is the conditions under which this popular legitimization was achieved by a mass of voters co-opted by a wide variety of appeals, ranging from pseudo-religious discourse to the humiliation of economic power that subjugates consciences. In this sense, the electoral justice system has demonstrated its attentiveness and active involvement in the process of combating this practice that threatens democratic hopes. Coming from the 2022 text, we realize that at times we were even naive, driven by the hope that new political actors and those in power would be committed to freedom, democracy, and respect for the majority of the Brazilian population. To our disappointment, we have gone from a state consolidating democracy to a narco-state, the result of collusion with authoritarian ideologies that do not correspond to the cultural identity of the Brazilian people. Recent events shock us as the legislative branch is annulled, constitutional freedoms are ignored, and citizenship is vilified. Corruption, organized crime, and personal power interests have undermined and instrumentalized all branches of power in the country. Brazil is in mourning. Brazil hides its face in shame, and citizens are arbitrarily promoted from free people to slaves. It is the new wave and the new version of Dictatorship that brings the nation to its knees, destroys its economy and subjects tax-paying citizens to forced services (new taxes, censorship, lack of freedom, persecution, humiliation and threats). The remedy may be cruel, with the people paying for the abuses and incompetence of some of their self-proclaimed bosses in the "Big House." There remains hope for the strength of the people and for external democratic forces to uphold Christian and democratic values. We citizens repudiate and ignore the dictatorial actions of figures in the powers that be who accuse none of crimes and protect criminals as allies of power. We stand in solidarity and are part of the majority of the population that rejects all these abuses. We hope that the strength of democratic countries like the United States and democratic European countries will help us overcome this humanitarian disaster Brazil is experiencing. This is not about ideology, but about citizenship, freedom, and democracy.
Em 14 de maio de 2022 publicamos neste blog a seguinte refelxão segunda-feira, 14 de maio de 2012 IDÉIAS DE CIDADANIA EM TEMPOS DE VENTANIA Os tempos de turbulência que vivemos nos remete para uma reflexão de qual o nosso papel neste processo de escolha da representação política que em última instância decide por nós e proporciona, em grande parte, as situações de segundo plano da cidadania na luta pelos interesses dos vários grupos sociais e que lugar ocupamos na legitimação ou avanço de contextos sócio-econômicos e políticos nos quais vivemos. Já que estamos vivendo este momento de preparação para escolha de representantes regionais, oferecemos uma primeira aproximação para a discussão deste tema que definirá mais uma etapa do nosso futuro de cidadãos. Educação, cidadania e voto O processo educacional, o exercício da cidadania e a participação política do cidadão são inseparáveis. Educação e cidadania incorporam um caráter emancipatório e libertário em relação às condições de expansão dos direitos humanos. A igualdade política e social dos cidadãos funda-se na educação para a democracia contra o “seqüestro” dos direitos, da palavra e da participação. A palavra é a grande “vara de condão” no exercício da cidadania. Como ela se presta a “servir a dois senhores”, a educação do cidadão é decisiva no manejo dessa arma: a argumentação a qual instrui o cidadão na distinção, comparação, análise e escolha. A palavra anestesia, enfurece, emociona, condena e absolve, silencia e enobrece, nega e ordena, domina e liberta. Nesse sentido, Stuart Mill afirma no livro “Considerações Sobre o Governo Representativo” (p.80-1) que: “... a única maneira de suprimir os instintos da maioria democrática é através da minoria instruída, mas da maneira como as democracias são normalmente constituídas esta minoria não possui órgão canalizador de sua influência...” A educação parece fundamental para o exercício da cidadania e para a concretização dos direitos humanos não só porque instrumentaliza o cidadão para a luta social, mas porque o torna socializável e, principalmente, porque o torna capaz de dirigir e controlar o poder. A própria educação é fator de desigualdade porque determina e é determinada pelas diferenças sociais e econômicas. Hoje, parece ser a informação a principal “moeda” das trocas sociais e de acesso aos códigos sociais. A educação, em si, não promove a igualdade, magicamente, mas é parte essencial pela mudança que pode operar no cidadão através da participação política e social. Considerando-se que a democracia baseia-se na soberania popular, o cidadão, também, é governo e deve exercer esse poder pela prática democrática da participação na discussão pública dos interesses coletivos. Os vícios decorrentes da prática democrática vinculam-se à forma de organização política de cada cultura. No Brasil, o sistema representativo mescla-se com mecanismos de democracia direta como é o caso do plebiscito, referendum e iniciativa popular. Nesse processo, quanto mais insipiente a educação política do cidadão mais ele fica à mercê de lideranças que se legitimam mais por processos populistas, clientelistas de apelo moral, religioso e econômico que pelo compromisso de fazer emergir uma consciência coletiva. A questão da participação do cidadão tem sido objeto de discussão desde os gregos até autores mais recentes como Rousseau, Montesquieu, Stuart Mill, Bobbio e Maria Vitória Benevides autora do livro: “A cidadania Ativa”. A representação política pressupõe dois aspectos essenciais: o como alguém representa outrem e o que representa. A representação implica na delegação de poderes. O fosso existente entre o que é proclamado e a prática tem provocado a discussão sobre a representação fiduciária ou de confiança que significa o mandato livre onde pelo voto o cidadão dá “carta branca” ao representante e a representação de mandato imperativo em que o mandato é do partido e não do candidato e vincula-se aos interesses de quem é representado. Este último, não foi possível se efetivar no Brasil dado a incompatibilidade com a nossa prática monárquica, lustrada de democracia onde os partidos sofrem uma crise de identidade. Nesse sentido, os representantes, legalmente constituídos, representam grupos no poder e não o povo, ficando este vulnerável à prática do abuso do poder econômico. Na mesma proporção que os eleitores se acham desvinculados de sua representação política e do ideário partidário estão, também, desvinculados de sua representação de classe, cujas cúpulas representativas, em alguns casos, assumem a defesa de um programa partidário em detrimento de interesses de classe quando seus filiados representam um espectro de ideologias. Daí, algumas entidades de classe ficarem vulneráveis às pressões do poder. É imprescindível a abertura de mecanismos de participação popular, sem manipulação e sem partidarismos e sem corporativismo para que a democracia do discurso se possa concretizar porque não basta reconhecer os direitos humanos é preciso respeitá-los, promovê-los e protegê-los. O fenômeno da prática política que se vive atualmente parece reprisar as mais retrógradas táticas populistas em uma nova versão, mais inteligentes e mais estratégicas que das décadas de 30 a 60. As práticas republicanas são substituídas na realidade por velhos costumes monárquicos nas versões mais bizarras como do L’Etat C’est moi, das prebendas concedidas a determinados grupos de interesse, indiferentemente da Lei que baliza a igualdade dos direitos e mais amplamente do Contrato Social. A prática político-partidária argumenta para convencer os desvios democráticos e éticos que não se trata de oligarquia porque na realidade os representantes foram eleitos pelo voto popular. Desse modo, fica implícito o discurso da transferência de responsabilidade onde, para estes, se houver erro o povo é o culpado, uma vez que referendou a escolha de seu representante com o seu voto. O que não se discute é em que condições essa legitimação popular foi concretizada por uma massa de eleitores cooptados pelos mais diversos apelos que vão do pseudo discurso religioso à humilhação do poder econômico que submete as consciências. Nesse sentido, a justiça eleitoral tem dado mostras de que está atenta e atuante no processo para debelar esta prática que coloca em xeque as esperanças democráticas. Saindo do texto de 2022, constatamos que em alguns momentos fomos até ingênuos, movidos pela esperança em pesnar que novos atores políticos e da esfera de poder estivessem comprometidos com a Liberdade, com a democracia e com o respeito a manifestação à maioria da população brasileira. Para a nossa decepção , passamos de um Estado em consolidação democrática para um Narco-Estado, fruto de um coluio com ideologias autoritárias que não correspondem a identidade cultural do povo brasileiro. Os últimos acontecimentos nos espantam quando o Poder Legislativo é anulado, as liberdades constitucionais são ignoradas e a cidadanis é vilipendiada. A corrupção, o crime organizado, os interesses pessoais de poder minarram e instumentalizaram todas as instancias de poder do país. O Brasil está de luto. O Brasil esconde seu rosto de vergonha e os cidadãos são promovidos arbitrariamente de pessoas livres a escravos. É a nova onda e a nova versão de Ditadura que coloca a nação de joelhos, destroi sua economia e submete os cidadãos que pagam impostos a serviços forçados (novos impostos, censura, falta de liberdade, perseguição, humilhação e ameaças). O remédio poderá ser cruel onde o povo pagará pelos desmandos e incompetências de alguns de seus auto-proclamados patrões da "Casa Grande". Resta a Esperança da Força do Povo e da força democrática externa para fazer valer os valores critãos e democráticos. Os cidadãos repudiamos e desconhecemos a atuação ditatorial de figuras dos poderes da República que imputam crimes onde não há e protegem criminosos como aliados do poder.
quinta-feira, 17 de julho de 2025
Brazil is experiencing a tragedy that was foretold: decades lost with incompetent representatives. The only time we had the chance to advance the country's development, we were ambushed by a conspiracy of privileged segments of the population who wanted to return to power at all costs. We are saddened and ashamed of the paths taken by the country's leaders, forcing the population to pay the disastrous consequences of the actions of many wrongly elected officials because the people didn't vote, endorse, or delegate the power to establish corruption, persecution, and dictatorship. Brazilians don't want this. Wake up, citizens! We need to return to our roots. Let us pray to God for our heroes who are suffering in their flesh the effects of the slavery to which we are subjected. One part of the people is numb to necessity, and another part is suffocated by the courage to exercise their citizenship.

