quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ministro defende política de sustentabilidade nas escolas
Terça-feira, 12 de junho de 2012 - 12:39
No programa de rádio Hora da Educação desta terça-feira, 12, o ministro Aloizio Mercadante destacou os avanços relacionados à temática ambiental no ensino público nas últimas duas décadas. Em sua participação na conferência Rio+20, que começa nesta quarta-feira, 13, no Rio de Janeiro, o ministro vai anunciar a realização, de 10 a 14 de outubro de 2013, da 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que terá o tema Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis.
A conferência nacional será antecedida pelas etapas escolares (até 30 de março de 2013), municipais, estaduais e regionais (até 17 de agosto de 2013). “É um processo pedagógico que envolve mais de 13 mil escolas da educação básica e começa um ano antes do encontro nacional”, disse Mercadante. “São mais de 4 milhões de estudantes discutindo e aprendendo questões ambientais.”

A partir de agosto próximo, professores e alunos definem a temática a ser estudada até o encontro nacional. Os melhores trabalhos serão selecionados nas conferências municipais, estaduais e regionais e, depois, apresentados na nacional. A ideia é que os projetos dos alunos transformem a escola em um ambiente sustentável. Um espaço com horta escolar, separação seletiva de lixo, coleta de água de chuva e eficiência energética.

Em cada unidade de ensino pode ser criada uma comissão de meio ambiente e qualidade de vida na escola (Com-Vida), que terá a participação de estudantes, professores, gestores, pais e membros da comunidade. “É pela Com-Vida que se cria a Agenda 21 da escola e se define uma série de temas que ela considera importantes para se aliar à sustentabilidade”, disse o ministro. De acordo com a Agenda 21, definida na Eco-92, realizada há 20 anos, também no Rio de Janeiro, cada país se compromete a refletir, global e internamente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e setores da sociedade podem atuar em busca de soluções para os problemas socioambientais.

Até agora, cinco mil escolas públicas criaram a Com-Vida. “Essa comissão coloca a meninada para atuar, de forma protagonista, nas questões da escola” disse Mercadante. “É um berçário de lideranças juvenis e da sustentabilidade.” Segundo o ministro, essa tecnologia social já é copiada por outros países. Um vídeo com exemplos de intervenções sociais a partir dessas comissões, em diferentes regiões do Brasil, será enviado às escolas públicas ainda em 2012.

Recursos — Mercadante adiantou ainda a criação do Programa Dinheiro Direto na Escola – Escola Sustentável (PDDE – Escola Sustentável). Mais de R$ 100 milhões devem ser aplicados nas escolas públicas, em três anos, para o desenvolvimento de projetos ambientais, como hortas, eficiência energética, coleta de água da chuva, separação de lixo e até adaptação do espaço físico da escola em um prédio sustentável. Este ano, duas mil escolas receberão recursos do PDDE – Escola Sustentável.

Assessoria de Comunicação Social
Fonte: http://www.mec.gov.br/
Em 2010, quando Secretário Municipal de Educação de Teresina, implantamos o Projeto, concebido por nós, com o nome de Escolas Sustentáveis que dentre outras ações realizados ou encaminhadas continha: coleta seletiva de lixo, sisternas para captação de águas pluviais, arborização do entorno das escolas da Rede Municipal e iniciamos estudos para implantação de uma experiência de energia solar.
Ficamos contentes que agora o MEC manifesta esta idéia como política de meio ambiente para as escolas.
A idéia era não, apenas, realizar uma ação da agenda mundial, mas servir de laboratório aberto de educação ambiental para alunos, professores, pais e comunidade em geral. Prof. Ribamar Tôrres

sexta-feira, 1 de junho de 2012


CÂMPUS DE EDUCAÇÃO BÁSICA: uma proposta de construção da cidadania

Nos últimos cinquenta anos, as políticas educacionais implantadas no Brasil foram frutos de abordagens de diversas correntes teóricas tomadas como suporte de um discurso ideológico, dirigido para os interesses de frações de classe privilegiada. Algumas parcelas menos favorecidas da sociedade emprestaram seu apoio, fortalecendo aquelas em troca de uma promessa de também ascenderem aos status de classe daqueles.
A esperança gerada pelo discurso ideologizado da educação não se realizou. Em função disso, as lutas de organizações da sociedade civil fomentaram reflexões absorvida pelas novas gerações em função da consciência da realidade social de transformações econômicas, tecnológicas e, principalmente, de germinação de uma nova consciência de cidadania e a motivação de reivindicação de seus direitos civis, políticos (os chamados direitos-liberdade)  e sociais (chamados direitos-crédito).
A educação apesar de estar na pauta das discussões de todas as culturas, ainda não foi capaz de realizar seu papel de transformar indivíduos em cidadãos, reduzir as desigualdades.
Nos últimos anos, os resultados apontados pelas propostas de avaliação nacional (Ideb) ou internacional (Pisa) mostram o quanto estamos longe de alcançar as metas de igualdade social e o quanto se deixou de investir  na preparação das futuras gerações.
A proposta do Câmpus de Educação Básica vai além de estrutura física ou de confinar crianças e jovens em uma variedade de atividades frenéticas nem sempre com objetivos de formação de cidadãos e muito mais para ocupar a energia jovem como forma de controle de atitudes e ideias que possam comprometer as crenças das tradições que ignoram as mudanças.
O Câmpus de Educação Básica supera a ótima proposta da educação em tempo integral e avança para uma educação em tempo integral onde a escola interage com o mundo e o mundo com ela. Nesse sentido, a escola não é o único lugar de construção do saber e o professor não é mais o único mediador da construção da significação e ressignificação do saber.
O conceito geral de educação integral apesar de importante esbarra no isolamento de crianças e jovens em espaço de confinamento com o mundo como se fosse um laboratório de cidadania, ignorando, portanto, o mundo novo que se transforma continuamente  além das paredes da redoma escolar.