quinta-feira, 7 de maio de 2015

Reflexões do cotidiano

Vivemos um momento de inquietação, perplexidade, perdas de referência moral e espiritual. São princípios que fogem às práticas sociais formais e informais. Dentre estas práticas estão às práticas políticas que deveriam estar fundadas nestas regras e princípios.
A corrupção não, apenas, dos recursos públicos. Esta é somente uma amostra de um traço cultural que se perpetua nas constrangedoras valas de desigualdade.
É preciso ser honestos.  O Brasil se libertou duas vezes: a primeira quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea e, a segunda, quando um operário foi capaz de vencer uma elite monárquica com seus privilégios. A partir daí, o país resgatou a identidade do Brasileiro fora das estatísticas, da produção, da educação, da saúde, fora da vida.
São mudanças significativas porque rompe com a Casa Grande e abre as portas para a senzala, para a maioria e é este compromisso que faz a diferença.
Problemas existem e são muitos, mas são frutos de uma mudança radical que traz a periferia aos palácios.  E esse choque de verdade incomoda e gera conflitos. São estas contradições de que precisamos para desvelar o Brasil.
É preciso se construir todos os dias a democracia.  É preciso respeitar a vontade da maioria antes sem rosto, agora confiante que pode.
É esse compromisso com a maioria que precisa ser mantido a qualquer custo. E os problemas não são do governo, são de todos. É esse o espaço que a sociedade precisa redescobrir e nele estabelecer a luta pelos seus direitos civis, políticos e sociais.
O que a sociedade precisa entender é que os cidadãos, independentes de que agremiação política pertençam estão submetidos à LEI e a ela devem prestar contas.  O governo não pode ser atrelado a fatos realizados por cidadãos ou grupo de cidadãos. Aos que se desviarem da Lei pagarão por seus erros.
As instituições devem ser preservadas, também, a qualquer custo para o bem da democracia. Dura Lex, sed Lex, diziam os Romanos e é isso que deve balizar uma sociedade democrática.
Nós não percebemos, ainda, o espaço que as lutas sociais conquistaram, mas não se pode deixar que este espaço seja usado em benefícios de poucos. Esta é a grande diferença: quinhentos anos de exclusão para se corrigir em cinco anos ou 10 anos ou mais.
Estamos muito melhores que imaginamos, com toda crise que se tenta jogar no colo do governo e os verdadeiros responsáveis assistem porque precisam do caos para se mostrar cordeiros.
Acredito que depois deste tempo nada será como antes. Nós vamos vencer!


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